segunda-feira, junho 30, 2008

(Roth < Tite) + (Grêmio > Inter) = Empate

Gre-nal não é só um clássico é muito mais do que isso. Gremistas e colorados discutem o Gre-nal durante toda a semana que precede o jogo e discutem por dias depois do Gre-nal. Não é como um Fla-Flu onde é pura festa, como todos sabem, perder o Gre-nal pode resultar em demissões de técnicos, direção, gandula, ou qualquer um que possa ser culpado pela tragédia.

Este fim de semana teve o Gre-nal de número de 370. Eu fui assistir o jogo no "Chopp do Guss", uma bar tradicionalmente colorado, era um dos poucos que estavam lá que não vestiam uma camisa do Inter, eu alias, vestia a do Grêmio.

Cheguei no bar em cima da hora, o jogo estava começando. Nos primeiros momentos já senti um friozinho na barriga, o time do Grêmio estava meio apático, parecia sem forçar, tudo que o time tentava parecia frustrado.

Passado mais alguns minutos, o jogo era o mesmo. Porém agora já era possível identificar o que estava acontecendo, o Tite, treinador do Inter, posicionou o Inter em campo povoando o meio de campo e avançando a marcação. O Grêmio joga no 3-5-2 e o Inter estava marcando até os 2 zagueiros deixando livre apenas o Pereira, o libero do time gremista que se tornou o "armador" do Grêmio. Como todo o meio de campo estava marcado e os outros dois zagueiros também ficava difícil as saídas de bola gremista. O Inter, armado deste jeito, assim que roubava a bola saia com velocidade para o ataque. Num dos ataques, falta e gol.

No fim do primeiro tempo tudo se indicava para uma tragédia, vítoria do Inter dentro do Olímpico. Porém, aprendi uma coisa sobre o Grêmio jogando em casa. Quando inicia jogando do lado direito, ou seja com a Geral atrás, o primeiro tempo tende a ser mais morno. No segundo tempo, quando a Geral do Grêmio fica atrás do goleiro adversário o Grêmio parte pra cima.

Gosto muito desta tática. Não ganha jogo quem faz muito gols, ganha quem faz mais que o adversário. Deixando o jogo mais morno no início do jogo e matando o jogo (com um gol) da metade pro final é uma boa. Na primeira metade se preocupa com a defesa e joga sem se desgastar muito, na segunda metade com o adversários mais cansado vai pra cima e ainda com a torcida fazendo pressão na zaga adversária.

Começando o segundo tempo a torcida gremista incendia (literalmente). O time tenta ir pra cima com tudo, mas sem levar perigo.

Deste ponto em diante não consegui mais "ver o jogo" e só torcer. Não lembro em que ponto do jogo foi as substituíções ou o gol anulado por impedimento do Grêmio.

Sei que na hora que saiu o gol (que foi anulado) eu comemorei muito, mas lembre-se, eu estava num bar de colorados. A partir de então passei a sofrer com algumas hostilidades, olhares, alguns chingamentos, bolinhas de papel.

Com estas hostilidade, comecei a desejar muito um gol gremista. Rezei, pedi a Deus, torci muito. Era preciso sair um golzinho. Foi que do nada, é marcado um penalti. E é GOL! Pronto é de lavar a alma.

O Grêmio não ganhou, porém nem o Inter. Eu saí com um sentimento de: UFA. A análise foi pro espaço e eu sou um péssimo comentarista esportivo.

4 comentários:

Ivan Brasil Fuzzer disse...

Tu é péssimo pra escolher onde assistir o jogo.

Andre Almeida disse...

Aaahh isso é verdade!

Eu tentei ir num Pub muito legal que tem aqui, mas o pub só abria as 18h, o jogo era as 18:10. E ninguém me deu certeza se ia passar o Gre-nal ou não.

Outro bar que passava o jogo só na Lagoa da Conceição ou em Santo Antocio (ambos longe) ou o bar de colorados.

Entre não ver e ver no meio de colorados escolhi ver!

Ehehehehe

Abraços

Cleverson disse...

Acho que a tua análise foi até legal... Sério... Principalmente a fórmula do título... PERFEITA!

Eu vou fazer um post sobre o Gre-nal também (hoje a noite, se tudo der certo) mas sobre outro ponto de vista. Veremos...

No mais, gostei do post. E assistir a um Gre-nal num bar de colorados não deve ser fácil mesmo... Parabéns pra ti... hahahaha!

[]'s

Andre Almeida disse...

Obrigado Cleverson.

Não é fácil, mesmo se esforçando pra ficar calmo tem uma hora que a gente se envareta.

Abraços